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A volta do e-mail mentiroso sobre a aproximação do planeta Marte em Agosto

Uma mensagem com diversos erros conceituais foi enviado em 2003. Todos os anos essa mensagem é reenviada em diversos idiomas.

A notícia veiculada por e-mail, sobre a aproximação de Marte à Terra, infelizmente está desatualizada em seis anos e ela possui alguns erros conceituais.

Desde 2003, os astronômos de diversos países, inclusive de vários estados brasileiros, procuram prestar esclarecimentos às pessoas que repassam esse e-mail, que se tornou um incômodo "spam".

Por isso, caso você receba essa notícia por e-mail, POR FAVOR NÃO REENVIE O E-MAIL SOBRE A APROXIMAÇÃO DE MARTE.

Marte e a Terra levam 780 dias ou 2 anos e 2 meses para se aproximarem em suas órbitas, o que ocorreu ultimamente em 2003, em 2005, em 2007, em 2009/2010 e em 2012.

Em 2003, a aproximação do planeta Marte à Terra alcançou uma das menores distâncias possíveis (56 milhões de km), pois como as órbitas da Terra e de Marte são levemente elípticas e não circulares, então há variações na distância entre os pontos mais próximos entre elas, chegando a cerca de 400 milhões de km nos pontos mais afastados entre a Terra e Marte.

Ainda em 2003, Marte tornou-se um pouco mais brilhante do que o habitual, mas nada de extraordinário, quanto ao seu tamanho. Somente a visão ao telescópio proporcionou alguma percepção no pequeno aumento aparente do diâmetro de Marte. A notícia do e-mail avisa que o diâmetro de Marte (novamente) se tornará maior que a Lua Cheia no céu, o que é absurdo!

Na aproximação que ocorreu em março de 2012, Terra e Marte distaram apenas 101 milhões de km.

O assunto é tão grave, que a NASA publicou em 9 de junho de 2009 um comunicado para orientar sobre a mentira desse e-mail. O texto foi escrito em espanhol. Leia-o em:

http://ciencia.nasa.gov/headlines/y2009/09jun_marshoax.htm?list1006927

Para saber mais consulte este gráfico animado que simula os movimentos da Terra e de Marte em suas órbitas:
 

http://www.windows.ucar.edu/tour/link=/mars/mars_orbit.sp.html

 

Prof. Dr. Paulo Henrique Azevedo Sobreira

Planetário da UFG

Fonte: NASA